Em 2012 tem bodas de ouro. Do consórcio. Este produto tão brasileiro quanto o samba, a caipirinha e o “vixe” completa 50 anos de mercado. Nestas cinco décadas, cada vez mais brasileiros foram tomando gosto pela prática, que une pessoas com um mesmo objetivo, mas sem grana suficiente para bancar a compra sozinhas.
A principal vantagem é que não há cobrança de taxas de juros. Hoje existe consórcio para tudo, até para trocar a dentadura. Mas o que reúne mais gente continua sendo o de veículos. São pouco mais de 4 milhões dentro do universo de quase 5 milhões de participantes de consórcios em todo o país. Será que vale a pena mesmo?
“Consórcio é uma compra coletiva. Cada pessoa vai fazendo o pagamento mensal, sem pagar juros, apenas a taxa de administração. É como se fosse um condomínio. Todo mês alguém vai conseguir comprar o bem”, destaca o economista Marcelo Barros. Ele defende a prática, especialmente para quem não tem o costume de poupar – uma realidade para a maioria dos brasileiros.
“Consórcio é uma compra coletiva. Cada pessoa vai fazendo o pagamento mensal, sem pagar juros, apenas a taxa de administração. É como se fosse um condomínio. Todo mês alguém vai conseguir comprar o bem”, destaca o economista Marcelo Barros. Ele defende a prática, especialmente para quem não tem o costume de poupar – uma realidade para a maioria dos brasileiros.
“O consórcio vira uma obrigação. Fica mais fácil, porque a pessoa se vê obrigada a pagar.” O problema, aponta ele, é que a pessoa precisa ter paciência antes de embarcar no consórcio. E não pode necessitar do bem “para ontem”.
No consórcio dá para retirar a carta de crédito por sorteio ou por lance. Se a sorte não é lá muito amiga, o lance pode ser a solução. “Mas para dar lance é preciso ter uma disponibilidade maior de dinheiro, esperando sempre que outro participante não dê um lance maior. É um leilão, na verdade”, lembra Barros. A funcionária pública Andréa Pessoa, 48 anos, só enxerga benefícios no consórcio. Tanto que está no segundo. O carro que tem hoje foi comprado com uma carta de crédito, já quitada. Há dois anos, ela paga outro consórcio para usar a carta de crédito, no valor de R$ 20 mil, quando for trocar de carro.
“Acho bom porque no financiamento você paga juros muito altos. E eu não consigo fazer poupança mesmo. Se for esperar para juntar numa poupança não vou ter dinheiro nunca. O consórcio funciona como uma poupança forçada para mim”, conta Andréa. A família dela também é fã do consórcio. E mais gente também.
No consórcio dá para retirar a carta de crédito por sorteio ou por lance. Se a sorte não é lá muito amiga, o lance pode ser a solução. “Mas para dar lance é preciso ter uma disponibilidade maior de dinheiro, esperando sempre que outro participante não dê um lance maior. É um leilão, na verdade”, lembra Barros. A funcionária pública Andréa Pessoa, 48 anos, só enxerga benefícios no consórcio. Tanto que está no segundo. O carro que tem hoje foi comprado com uma carta de crédito, já quitada. Há dois anos, ela paga outro consórcio para usar a carta de crédito, no valor de R$ 20 mil, quando for trocar de carro.
“Acho bom porque no financiamento você paga juros muito altos. E eu não consigo fazer poupança mesmo. Se for esperar para juntar numa poupança não vou ter dinheiro nunca. O consórcio funciona como uma poupança forçada para mim”, conta Andréa. A família dela também é fã do consórcio. E mais gente também.
Segundo dados divulgados na última semana pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac), a participação dos consórcios nas vendas de veículos leves (automóveis, utilitários e camionetas) cresceu em todas as regiões do Brasil entre 2009 e 2011. Em média, o crescimento foi de 51,3% no período.
No Nordeste, a alta foi de 70,2%. No ano passado, 14,3% de todos os veículos leves comprados na região foram quitados com cartas de crédito. O mair percentual entre todas as regiões. Para o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, a segurança do emprego fez o consumidor se sentir mais confiante em assumir compromissos de longo prazo. E o crescimento do setor de consórcios mostra que o brasileiro está mais atento.
No Nordeste, a alta foi de 70,2%. No ano passado, 14,3% de todos os veículos leves comprados na região foram quitados com cartas de crédito. O mair percentual entre todas as regiões. Para o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, a segurança do emprego fez o consumidor se sentir mais confiante em assumir compromissos de longo prazo. E o crescimento do setor de consórcios mostra que o brasileiro está mais atento.
“Hoje o brasileiro é um consumidor mais responsável e enxerga o consórcio como uma poupança e formador de patrimônio.” Mas não dá para sair aderindo a um consórcio enlouquecidamente.
“No passado houve muito problema. Hoje as empresas são fiscalizadas pelo Banco Central. Antes de assinar o contrato, a pessoa deve entrar na página do BC e olhar a situação da empresa”, recomenda Marcelo Barros. É o básico do básico: só as instituições autorizadas pelo Banco Central podem vender quotas de consórcio. Outro alerta feito pelo economista é observar a taxa de administração.
“No passado houve muito problema. Hoje as empresas são fiscalizadas pelo Banco Central. Antes de assinar o contrato, a pessoa deve entrar na página do BC e olhar a situação da empresa”, recomenda Marcelo Barros. É o básico do básico: só as instituições autorizadas pelo Banco Central podem vender quotas de consórcio. Outro alerta feito pelo economista é observar a taxa de administração.
O melhor é pesquisar antes e escolher a que for mais baixa. Também é importante não comprometer uma grande parte da renda com a parcela do consórcio. É obvio, mas tem gente que não liga para o óbvio. E acaba no prejuízo.
Por Tatiana Nascimento, da equipe do Diario
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